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sábado, 15 de agosto de 2015

Superamos a crise hidrológica e agora a conta de luz tende a cair, diz Dilma



A presidenta da República, Dilma Rousseff, apresentou hoje mais uma iniciativa para a retomada do crescimento e reversão das expectativas: o Plano de Investimento em Energia Elétrica (PIEE) que prevê a contratação, de agora até 2018, de R$ 186 bilhões em novos investimentos em geração e transmissão de energia. Desse montante, R$ 116 bilhões serão investidos em obras de geração e R$ 70 bilhões em linhas de transmissão. No evento, a presidenta destacou a robustez do sistema elétrico brasileiro ao falar da crise hidrológica que afetou o País de norte a sul.

Enquanto se apregoava que viria um apagão, o setor foi capaz de atender a demanda de todos os setores e das famílias. “Se não tivéssemos feito a redução de 18% para as famílias e de 32% para as indústrias, em 2013, hoje as tarifas estariam muito mais caras. Mas agora, ao desligar as térmicas onde o custo de produção é maior, estudos que estão sendo feitos pelos órgãos do Ministério de Minas e Energia apontam que a conta de luz cairá de 15% a 20% com a redução das bandeiras tarifárias. Essa é uma estimativa dos órgãos do Ministério”, realçou.

A presidenta Dilma recordou que de 2001 até 2014 o sistema elétrico saiu de uma oferta de 80 mil Megawatts (MW) para a atual capacidade instalada de produzir 134 mil MW. Em quatro anos de seu primeiro mandato, foram adicionados 21 mil MW, 41% da expansão total e a rede de transmissão saiu de 70 mil quilômetros para 120 mil quilômetros em 2014. “Não tivemos racionamento de energia e ao mesmo tempo enfrentamos a mais forte crise hidrológica do País dos últimos anos”, enfatizou.

O setor elétrico que passou por mudanças em seu marco regulatório, fundamentado na robustez do sistema e na modicidade tarifária (custo de produção baixo) está fincado na concepção hidrotérmica. Isso quer dizer que as hidrelétricas são fundamentais para garantir preços baixos da conta de luz e para dar segurança em momentos críticos – como ocorreu no início do ano, o sistema aciona as usinas termelétricas, embora o custo seja mais elevado. As usinas que começaram a ser desligadas, na última semana, proporcionarão economia de R$ 5,5 bilhões.

“Esse é um sistema que não trabalha com certezas lineares, mas com probabilidades porque nunca se sabe quanto e quando vai chover. Esse plano dá o horizonte de crescimento e cria um cenário para aqueles que querem investir, porque sabem que terão energia”, afirmou ela ao observar que o governo e os ministérios relacionados aos licenciamentos trabalharão da forma “fast track”, ou seja, garantir rapidez nos procedimentos de avaliação dos novos projetos.

Os investimentos contidos no PIEE somam R$ 186 bilhões, mas se considerar os que estão em curso, até 2018, os valores chegam a R$ 195 bilhões, em geração pelas hidrelétricas, PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas, Eólica, Solar e Biomassa. Sobre as usinas de biomassa, Dilma falou que elas são como uma jaboticaba, porque produzem etanol como fonte de energia na matriz petrolífera e biomassa, no caso, por meio do bagaço da cana que gera energia. “Nós temos diferencial e é importante dizer que fizemos um acordo com os Estados Unidos onde nos comprometemos a aumentar para 20% na matriz energética as fontes renováveis. Trata-se de garantir que a COP 21, na França, seja um sucesso factível. Não é só o Brasil. Os Estados Unidos vão se preocupar na formação da cadeia produtiva e poderemos exportar para outros países máquinas, equipamentos, processos e serviços”, apontou.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, recordou que o sistema elétrico brasileiro chegou onde chegou pelo compromisso de Dilma quando era ministra de sua Pasta, porque estabeleceu um novo marco regulatório para o setor.

Geração

Dos novos projetos de geração de energia que devem ser contratados, o PIEE prevê que sejam investidos R$ 42 bilhões (até 2018) e outros R$ 74 bilhões (após 2018) para agregar ao sistema elétrico entre 25.000 MW e 31.500 MW. A expansão das energias renováveis – excluindo hidrelétrica e pequenas centrais hidrelétricas – corresponde a quase a metade da potência adicionada, ou entre 10.000 MW e 14.000 MW.

Transmissão

Na transmissão, até 2018 deverão ser leiloados 37.600 quilômetros de linhas, com investimentos previstos de R$ 70 bilhões, sendo R$ 39 bilhões a serem executados até 2018 e os R$ 31 bilhões restantes, após esse período.

Consolidação

No lançamento do PIEE, foi apresentada a consolidação dos investimentos contratados em anos anteriores que terão etapas a serem executadas nesse quadriênio. São mais R$ 114 bilhões a serem executados no período (R$ 92 bilhões em geração e R$ 22 bilhões em transmissão), ampliando no curto prazo a oferta de energia. Na geração, entre 2015 e 2018 serão concluídos 35.022 MW, sendo quase 12 mil MW de energia eólica, solar e biomassa.

Quando somados os investimentos que terão execução entre 2015 e 2018, parte deles do PIEE e parte proveniente dos projetos contratados anteriormente e ainda em execução, constata-se que o setor elétrico brasileiro concretizará investimentos de R$ 195 bilhões neste quadriênio, sendo R$ 134 bilhões em geração e R$ 61 bilhões em transmissão.

O PIEE consolida a base hidrotérmica do setor elétrico brasileiro, com ampliação da presença de gás natural, em substituição a combustíveis mais caros e mais poluentes, e com uma expansão crescente de outras fontes renováveis, além da hidrelétrica. O programa também aprofundará o caminho da diversificação energética, com a ampliação do uso da biomassa, da energia eólica, e da energia solar fotovoltaica.

O ponto que tende a movimentar bastante a cadeia produtiva diz respeito à micro geração e a geração distribuída, onde as residências poderão dispor de equipamentos de energia solar ligadas a uma distribuidora de energia. Quando a residência não estiver utilizando sua capacidade instalada, o excedente da energia gerada é colocada no sistema para que outros usuários aproveitem a energia. 

Fonte: Com informações de Blog do Planalto e PT na Senado.

1 comentários:

  1. O grande sonho da mídia tucana e demais opositores era um apagão geral, como o que eles geraram nos anos que desgovernaram o país. Essa é uma das maiores frustações deles!

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