A
presidenta Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira (8), em
Brasília, com lideranças de cinco centrais sindicais (CTB, CUT, UGT,
Nova Central e Força Sindical). O encontro, que acontece no Palácio da
Alvorada, em Brasília, será o primeiro após a reeleição da presidenta.
A
reunião foi convocada pela presidenta Dilma e reafirma o compromisso
firmado após a sua reeleição de fortalecer a ampliar o diálogo com os
movimentos sociais. Na pauta, os representantes da classe trabalhadora
pretendem apontar as prioridades da agenda trabalhista, como a redução
da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, o
fim do fator previdenciário e a aprovação no Congresso Nacional da
Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata
da negociação no setor público.
Para o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, a reunião “é um passo
importante para dar efetividade às demandas sindicais”. Ele afirma que a
central considera três questões fundamentais: a manutenção da
estabilidade democrática, a retomada do crescimento econômico e a
manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas. “Acreditamos ser
possível avançar nas mudanças, consolidando o que foi conquistado e
ampliando a valorização do trabalho”, salientou Nivaldo.
O movimento sindical também tem se posicionado em defesa de reformas
democráticas estruturais. A reforma política e de regulação de mídia são
considerados pontos cruciais para as entidades e também devem ser
tratados no encontro.
Crescimento econômico
As lideranças das centrais, que em sua maioria apoiaram a reeleição da
presidenta, colheram os frutos de 12 anos de governo progressista, com a
geração de 20 milhões de empregos, com carteira assinada, além da
conquista de uma política de valorização do salário mínimo, cujo aumento
chegou a 75%.
O enfrentamento da crise, com garantia do emprego e renda, também foram
resultados da ação mobilizadora do movimento sindical. O desafio posto
agora é avançar no desenvolvimento nacional. As centrais apoiaram as
medidas de enfrentamento da crise, mas reivindicam contrapartidas para a
garantia do emprego. Essa ainda é uma reclamação das centrais quanto às
medidas do governo federal, como foi o caso da isenção do IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados), principalmente para as montadoras de
veículos.
A presidenta Dilma, por sua vez, tem manifestado sua intenção de buscar o
caminho das mudanças partindo de um amplo debate com a sociedade, em
especial com os movimentos sociais. Durante a 3ª Conferência Nacional de
Economia Solidária, em 27 de novembro, a presidenta em seu discurso
afirmou que recebeu o novo mandato para “continuar fazendo mudanças”.
“Nos próximos quatro anos, vou estabelecer, de forma sistemática,
diálogo construtivo e continuado com vocês. Vamos fortalecer ainda mais
empreendimentos solidários em todo o país. Vamos aprimorar mecanismos de
oferta de crédito para sempre e vamos dar novos passos na regulação da
economia solidária, garantindo a ela mais sustentabilidade e
estabilidade”, disse Dilma.
A presidenta indica uma agenda propositiva para o novo governo. E é
neste clima que a presidenta recebe as centrais sindicais, buscando
construir as bases para a união em torno de um projeto de
desenvolvimento, com democracia e participação popular.
Da redação do Portal Vermelho, Dayane Santos
Fonte da Notícia: http://www.vermelho.org.br/noticia/254914-1
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